ufrpe.br História | Licenciatura Plena em Computação
 

História

A UFRPE iniciou sua atuação no âmbito específico da Computação e Informática em 1999, quando foi instituído o curso de Licenciatura em Computação, pioneiro nas regiões Norte/Nordeste.

Concomitantemente à implantação do curso de Licenciatura em Computação foram criados na UFRPE novos cursos na área de Computação e Informática. Em 2007 foram criados na sede os cursos de Licenciatura em Computação e Bacharelado em Sistemas de Informação na modalidade a distância. Também foram implantados cursos presenciais na área de Computação e informática na Unidade Acadêmica de Serra Talhada, com o Bacharelado em Sistemas de Informação com primeira oferta em 2007, e na Unidade Acadêmica de Garanhuns, com o Bacharelado em Ciência da Computação, com primeira oferta em 2009.

A ampliação do quadro de professores na área de Informática e a adesão da UFRPE ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) possibilitaram a implantação da segunda entrada para o curso de Licenciatura em Computação na sede, permitindo a reestruturação de suas instalações físicas bem como a ampliação de seu quadro docente. O corpo docente formado ao longo desses 16 anos de existência do curso de Licenciatura em Computação também possibilitou a criação de novos cursos de graduação na área de Computação e Informática na sede da UFRPE, além do Programa de Pós-Graduação em Informática Aplicada (PPGIA) e do Programa de Pós-Graduação em Biometria e Estatística Aplicada (PPGBEA).

O primeiro curso de Licenciatura em Computação do Brasil surgiu em 1997 na Universidade de Brasília. Após essa iniciativa pioneira, vários cursos de LC foram criados, com especial destaque para universidades públicas estaduais, especialmente em estados de regiões periféricas do território nacional (LEMOS, 2013). Segundo o Censo da Educação Superior realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP, 2014), no ano 2000, já havia 34 cursos de LC no Brasil. A partir de 2002, entretanto, ocorre um retrocesso nessa tendência, ao mesmo tempo em que surge uma nova onda de oferta de cursos de LC em instituições de ensino superior particulares, o que rapidamente regride face às políticas governamentais de ampliação das ofertas de licenciaturas em instituições públicas federais, tanto por meio dos recém-criados Institutos Federais, quanto em novas universidades e novos campi de universidades federais (por exemplo por meio de programas como o REUNI e da educação a distância). Essa política de investimentos alavancou também programas de incentivo e melhoramento dos cursos de formação de professores, a exemplo do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID (LEMOS, 2013). O Censo da Educação Superior (INEP, 2014) indica que ao longo da primeira década do milênio, a quantidade de cursos de LC no Brasil variou, atingindo um pico de 73 cursos em 2010, ano em que foram criados 22 cursos, sendo 9 deles na Região Nordeste (SBC, 2016). Em 2014, eram 91 cursos de LC no Brasil.

A Licenciatura em Computação integrou as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) dos cursos de graduação em Computação da SBC com a criação do Currículo de Referência em 2002 (SBC, 2002). Esse documento serviu como referência para a criação de currículos de cursos de formação de professores na área de Computação para as diversas modalidades de atuação na educação básica em sintonia com as Diretrizes Curriculares Nacionais da área de Computação e com os princípios das Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a form    ação continuada (CNE/CP, 2015). Em 2016, foram homologadas pelo Ministério da Educação as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Computação, aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior em 09/03/2012 (CNE/CES, 2016).    

Pioneiro no Norte/Nordeste o curso presencial de Licenciatura em Computação da UFRPE teve sua primeira oferta de vestibular em 2000, com 30 vagas. De acordo com o Plano de Desenvolvimento Institucional (CUNI/UFRPE, 2012), o curso veio, juntamente com a Licenciatura em Física, preencher lacunas existentes nas qualificações de professores na área de ciências exatas.

O projeto inicial do curso foi desenvolvido pelos professores José Rodrigues Lemos, Jeane Cecília Bezerra de Melo e Adauto José Ferreira de Souza, sob o reitorado do Professor Emídio Cantídio de Oliveira Filho, com o apoio da Pró-Reitora de Ensino de Graduação Professora Cristiane Farrapeira e do Pró-Reitor de Planejamento Gabriel Rivas de Melo. O curso foi autorizado segundo Resolução CEPE 265/1999 (CEPE/UFRPE, 1999), e implantado segundo Resolução CUNI nº 181/99 (CUNI/UFRPE, 1999). Os primeiros concluintes do curso de Licenciatura em Computação da UFRPE se formaram em 2003.2.

Em 2003, o Projeto Político Pedagógico do curso de Licenciatura em Computação começou a ser revisto para adaptar-se à Resolução 313/2003 do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão CEPE/UFRPE aprovada em outubro de 2003 (CEPE/UFRPE, 2003). Elaborado pelo Colegiado de Coordenação Didática do curso, o Projeto Político Pedagógico foi finalizado em 2005 e encontra-se reconhecido junto ao INEP/MEC com conceito Condições Boas "CB", publicado sob Portaria SESu nº 52/06 em Diário Oficial da União de 29/05/2006 (DOU, 2006). Esse PPC reformulado estabeleceu como objetivos do curso "propiciar uma formação sólida e abrangente de educadores, com base nas áreas de computação e técnicas de informática, enfatizando aspectos científicos, técnicos, pedagógicos e sociais"; e "gerar inovações no processo da formação de educadores para a educação básica, preparando-os para o exercício do magistério suportado por tecnologias de informática e fundamentos de computação" (UFRPE, 2005).

A nova proposta de reformulação aqui apresentada vem atender ao Plano de Desenvolvimento Institucional UFRPE 2013 - 2020, em particular atendendo às políticas de "reestruturar e aprimorar os cursos, orientados pela necessidade de formação continuada do indivíduo e de atendimento das demandas sociais e legais" e "implementar e aperfeiçoar os novos recursos didático-pedagógicos, buscando agregar as novas tecnologias à metodologia didática, facilitando assim o desenvolvimento do ensino." Além disso, como já justificado na introdução deste documento, o novo Projeto Pedagógico da Licenciatura em Computação atende à Resolução CNE/CP no 2 de 1o de julho de 2015 do Ministério da Educação para formação de professores, e a demandas sociais contemporâneas.